O que é?
A luxação patelar é caracterizada pelo deslocamento da patela em direção lateral ou medial com relação ao sulco troclear, sendo considerada o maior osso sesamóide em pequenos animais e encontra-se dentro do tendão de inserção do conjunto do quadríceps femoral.
A luxação medial é a mais comum em raças de pequeno porte, toy ou miniatura, com até 12 vezes mais chance de apresentar a afecção. Há uma base forte hereditária, porém outras causas são descritas como traumáticas, anomalias musculoesqueléticas, mau alinhamento do aparelho extensor e sulco troclear raso. Já em raças de grande porte, a luxação lateral tem maior incidência.
Como identificar?
Os graus são classificados de 1 a 5:
Grau 1 ? patela pode ser luxada retornando à posição anatômica quando liberada; sem claudicação; sem alterações angulares em fêmur e tíbia;
Grau 2 ? patela luxa quando ocorre pressão e retorna com redução manual;
Grau 3 ? patela permanentemente luxada, mas pode ser reduzida manualmente; claudicação intermitente que pode se agravar com a ruptura do ligamento cruzado cranial; arrasamento do sulco troclear, 30º a 60º de desvio da crista tibial, desvios angulares moderados do femur e da tíbia;
Grau 4 ? patela permanentemente luxada; claudicação, impossibilidade de estender a articulação do joelho; andar agachado; desvio da crista de 60º a 90º, sulco troclear ausente ou acentuadamente raso;
Grau 5- idem ao grau 4, porém com fixação da patela de forma luxada.
Como tratar?
A classificação é importante para determinar o tratamento. Em casos de luxação 4 e 5, o tratamento é cirúrgico, e a
Fisioterapia tem papel de recuperação no pós-operatório. Ela pode ser feita previamente à cirurgia, como forma de reduzir a tensão em tecidos moles como o do quadríceps, e facilitar o procedimento cirúrgico. Já em casos de luxação grau 3, deve-se avaliar as condições do paciente. Alguns animais respondem bem ao tratamento com a
Fisioterapia, que nestes casos pode conferir um controle do sinais clínicos, ou seja, da dor e da claudicação, além do fortalecimento da coxa. Porém, ressalta-se que não será curativo, e caso haja lesão em ligamento cruzado cranial ou meniscopatia, o animal deve ser operado.
Já casos leves de grau 1 a 2 têm boa resposta ao tratamento com
Fisioterapia. Por diversas vezes em um primeiro estágio procede-se com a aplicação de aparelhos a fim de controlar possíveis quadros inflamatórios no joelho, e segue-se ao alongamento e do fortalecimento do conjunto do quadríceps. Este tratamento deve ser seguido a longo prazo, além dos cuidados no manejo do animal, como evitar a obesidade, o piso liso no local que o animal anda a maior parte do tempo e pulos e saltos de camas e sofás.
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