9 JAN

Dicas para Acampar com Cães e Gatos

Fisioanimal

Dra. Maira Formenton, Diretora Fisioanimal, dá entrevista e dicas para acampar com cães e gatos.

Neste mês a nossa diretora clínica, Médica veterinária fisiatra e professora de medicina veterinária Maira Formenton deu uma entrevista para o Portal Vida de bicho ( Globo.com) sobre o tema!

Confira!

Link original da matéria

https://vidadebicho.globo.com/comportamento/noticia/2022/09/acampando-com-caes-e-gatos-confira-principais-dicas-e-cuidados.ghtml

Por Por Isadora Moraes

Fazer aventuras ao longo da vida é muito bom, mas ao lado de um amigo de quatro patas tudo pode ser mais divertido. Você já pensou em acampar com o seu pet? Mas será que eles podem frequentar esse tipo de lugar?

Os cães podem, sim, acampar, desde que tenham sido inseridos nesse contexto aos poucos, com contato com a natureza, convívio com outros bichos e costume de estar com outras pessoas. Segundo a médica-veterinária Maira Rezende Formenton, no caso dos felinos, o tutor só pode levá-lo se ele for acostumado com a guia, pois há risco de fuga.

É preciso manter os animais na área pet friendly do camping, para protegê-los de possíveis doenças e preservar a fauna local

Foto: google 

Cuidados pré-viagem

Caso o animal esteja apto diante desses requisitos, hora de fazer as malas! A médica-veterinária Carolina Kliass Abecasis revela que os itens básicos são: pote de água e comida, brinquedos, guia regulável, vacinação e antipulgas em dia.

É importante verificar as doenças endêmicas da região de destino, pois pode existir um protocolo vacinal diferente. É comum a presença de insetos nessas áreas, por isso, o repelente veterinário deve ser incluído na bagagem.

E não para por aí! A influenciadora Patricia Camargo, que já acampou com os pets, explica que é preciso levar itens de higiene, como xampu e condicionador, além de roupinha, manta, protetor solar, toalha, pano desinfetante veterinário, a carteira de vacinação e documentos do bicho.

“Tem camping que não aceita pet, é importante a pessoa conferir isso antes de ir. Às vezes ele pode até aceitar animal, mas não tem uma estrutura adequada, então, é importante avaliar esses detalhes antes de fechar a viagem”, alerta Patricia.

A farmacinha também é essencial. Carolina lembra de incluir antitóxico (carvão vegetal), analgésico, anti-inflamatório e antialérgico.

“Uma pomada cicatrizante e kit de curativos também podem ajudar, porque, às vezes, as atividades são em áreas abertas e ele pode ficar suscetível a picadas de outros animais e machucados, por exemplo”, acrescenta Maira.

Outra forma de proteger o pet durante a viagem é implantado um microchip e colocando uma placa de identificação na coleira com o nome do peludo e os dados do tutor.

Para o bem-estar do pet, leve roupas, mantas e remédios essenciais para o camping.

Adaptação no camping

Foto: Google

Feito isso, pé na estrada! Chegando no destino, dê uma volta com o pet na guia para que ele sinta os cheiros e a dinâmica local.

Depois, organize onde ele irá dormir à noite. Os animais que são acostumados a descansar no quarto com os seus tutores devem permanecer dentro da barraca, como se estivessem em casa, isso facilita a adaptação ao espaço, inibindo o medo e a ansiedade, de acordo com Carolina.

Já aqueles que gostam de ficar em um canto separado, podem dormir do lado de fora da barraca, desde que seja um espaço fechado, aquecido e seguro.

Durante a estadia, é fundamental introduzi-los aos poucos nas atividades recomendadas para cada um. Os animais de porte pequeno e sem condicionamento físico não devem participar de caminhadas extensas, por exemplo.

“O animal que não foi condicionado, pode ter uma lesão muscular extensa. Quando o pet não é preparado para se movimentar muito e o tutor o obriga, chamamos de síndrome do cachorro do fim de semana, ela acaba desgastando o pet e ainda pode levar a uma insuficiência renal”, finaliza Maira.

Mas, afinal, os pets podem frequentar reservas naturais?

Primeiramente, é importante entender que os animais domésticos têm contato com agentes patógenos que transmitem doenças para os bichos silvestres, e vice-versa. Por isso, para os riscos de infecção serem minimizados, o ideal é que o camping ofereça uma área exclusiva para quem está acompanhado de um peludo. Essa barreira torna o ambiente mais seguro para ambos, explica Guilherme José da Cota Silva, pesquisador e ictiólogo do programa de Pós-Graduação em Saúde Única da UNISA.

Se a doença de algum animal silvestre contaminar o pet, ele poderá passá-la para os outros bichos da casa e até ao tutor. “Esse é um dos motivos do surgimento de novas zoonoses, que são as doenças que podem ser transmitidas entre animais e humanos”, diz Guilherme José.

Dessa forma, não é recomendado que o pet participe de atividades em reservas naturais, como trilhas e cachoeiras, pois ele pode estar exposto a novas doenças e levar outras para a fauna local. Para os peludos, o melhor é aproveitar apenas as áreas pet friendly.

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